sábado, 15 de novembro de 2014

Cardozo acusa oposição de usar Lava Jato como arma eleitoral

Por iG São Paulo | - Atualizada às
  •   Ministro disse que orientação da presidente Dilma Rousseff é que investigação seja mantida doa a quem doer
Em entrevista coletiva concedida neste sábado (15) em São Paulo, o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo lamentou que a oposição esteja usando os desdobramentos da Operação Lava Jato, da Polícia Federal - que investiga denúncias de corrupção na Petrobras - para forçar um terceiro turno, com o objetivo de fragilizar o governo da presidente Dilma Rousseff.
Agência Brasil
Ministro da Justiça José Eduardo Cardozo atacou a oposição por fazer uso eleitoral da Lava Jato
"Muitas vezes há os que ainda acham que nós estamos numa disputa eleitoral. Talvez não tenham se apercebido que o resultado das urnas já foi dado, já hea vencedores. e portanto, querem traduzir uma disputa eleitoral estemporånea, uma investigação que é defendida pelo governo e garantida com recursos e com autonomia. Eu repilo veementente a tentativa de se politizar essa investigação e tentar carimbar forças políticas A, B, C ou D, para que se possa ter um prolongamento dos palanques eleitorais".
O ministro considerou "absurda" a tentativa de responsabilizar o governo e seus aliados por envolvimento em desvios na Petrobras e sinalizou que mesmo a oposição pode ter integrantes entre os suspeitos.
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"Muitas forças políticas estão sendo neste momento questionadas sobre vinculação aos indícios de irregularidades, sejam elas ligada ao governo sejam forças políticas da oposição e que, muita vezes, óbviamente, também haverão de ser objeto de investigação dentro dos fatos que foram colocados". 
Veja imagens da Operação Lava Jato
Doleiro Alberto Yousseff segue preso por outras acusações 21 10 2014. Foto: Jeso Carneiro/Agência Senado
O ministro disparou ainda que o governo não aceitará qualquer tentativa de que está atuando para poupar integrantes do governo ou da base aliada.
"Não aceitamos insinuações de que se tenha tentado criar algum obstáculo. Pelo contrário. O Ministério da Justiça tem aportado recursos recentemente de R$ 20 milhões para a Policia Federal para que operações possam ser realizadas. Nós queremos e desejamos que todos os atos ilícitos sejam apurados e responsáveis punidos". 
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Segundo o ministro, a presidente pediu que a investigaçao ocorra de forma transparente tudo o que haja de irregular para que as pessoas que cometeram atos criminosas sejam punidas.
"Há um compromisso claro do governo, do Ministério da Justiça, da Polícia Federal na linha de que tudo seja esclarecido. Aliás, nós entendemos que a melhor defesa que podemos fazer da Petrobras, é invetigar os fatos, apurar as ocorrencias e punir aquelas pessoas que tenham eventualmente praticado atos ilícitos", destacou.   
Os 19 presos estão depondo na sede da Polícia Federal em Curitiba (PR). José Eduardo Cardozo confirmou que R$ 720 milhões das empresas envolvidas foram bloqueados. Cinco pessoas estão foragidas, entre elas o lobista Fernando Soares, que também é procurado pela Interpol.  
Habeas corpus
Pelo menos nove executivos ligados a empreiteiras que tiveram prisão decretada na sétima fase da Operação Lava jato, da Polícia Federal, encaminharam neste sábado pedidos de habeas corpus no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre (RS), segunda instância da Justiça Federal.
Três deles ainda não foram presos, mas entraram com o pedido de revogaçao da prisão. Os pedidos devem ser analisados neste fim de semana pelo no plantão judiciário. 
Os policiais ainda não conseguiram localizar três executivos da Camargo Correa: Eduardo Emerlino Leite, vice-presidente; João Ricardo Auler, presidente do Conselho de Administração da empresa; e Dalton dos Santos Avancini, diretor-presidente. Aldarico Negromonte Filho, acusado de ter ligações com o doleiro Alberto Youssef e Fernando Antonio Falcão Soares, conhecido como Fernando Baiano, são considerados foragidos.
Os demais presos que entraram com pedido de habeas corpus estão na superintendência da PF, em Curitiba. São eles: Alexandre Portela Barbosa, advogado da empreiteira OAS; e Carlos Eduardo Strauch Albero, diretor da Engevix; José Aldelmário Pinheiro Filho, presidente da OAS; José Ricardo Nogueira Breghirolli, funcionário da OAS; Agenor Franklin Magalhães Medeiros, diretor da Área Internacional da OAS; e Gerson de Mello Almada, vice-presidente da Engevix.

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