terça-feira, 25 de outubro de 2011

PF prende 40 em ação contra grupo que agia no Sul do país e no Paraguai (Postado por Erick Oliveira)

Quarenta pessoas foram presas durante a Operação Mercúrio da Polícia Federal (PF), iniciada na madrugada desta terça-feira (25), nos três estados da região Sul do país. Segundo a PF, duas prisões foram no Rio Grande do Sul, seis em Santa Catarina e as demais ocorreram em Curitiba e em cidades da Região Metropolitana. O objetivo era desarticular uma quadrilha responsável por cometer roubos, sequestros, homicídios e tráfico de drogas e armas. Alguns homens resistiram à prisão em Curitiba e houve confronto armado com a polícia. Ninguém ficou ferido.
Às 12h, todas as equipes policiais que cumpriam mandados de prisão e de busca e apreensão haviam terminado as atividades e voltado para as unidades da PF.
A assessoria da Polícia Federal ainda informou que foram apreendidas armas, munição, coletes a prova de bala, dinheiro, celulares, computadores, memórias externas para computador e documentos. Além disso, aparelhos giroflex, como os usados em carros de polícia, e maçaricos, que seriam utilizados nos assaltos a caixas eletrônicos, foram apreendidos durante as buscas.
As investigações da Operação Mercúrio começaram em dezembro do ano passado e foram conduzidas pela Delegacia de Repressão a Crimes Patrimoniais (Delepat). A quadrilha investigada é suspeita de cometer 15 roubos a caixas eletrônicos dos bancos Caixa, Santander, Sicredi e Itaú, no Paraná e em Santa Catarina. De acordo com a PF, a maioria deles localizados em terminais de ônibus em Curitiba. Além disso, a quadrilha é apontada como responsável por um assalto de R$ 1 milhão a um banco paraguaio em Salto del Guairá, em maio deste ano. A cidade fica na fronteira do Paraguai com o Brasil e é vizinha a Guaíra, no oeste do Paraná.
Os integrantes da organização criminosa são suspeitos de assaltos a ônibus de turismo que saíam de Curitiba e seguiam para Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, e para o estado de São Paulo. Eles também são investigados por roubos de veículos em Curitiba, na Região Metropolitana da capital paranaense, e em Joinville, a 176 km de Florianópolis, que depois de clonados eram utilizados em assaltos a residências.
Os presos serão encaminhados sob forte esquema de segurança por agentes penitenciários federais da Penitenciária Federal de Catanduvas, na região oeste do Paraná, podendo ser recolhidos a qualquer unidade do Sistema Penitenciário Federal em Mossoró (RN), Campo Grande (MS), Porto Velho (RO) ou Catanduvas (PR).

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Policial que acusou Orlando Silva presta novo depoimento na PF (Postado por Erick Oliveira)

O policial militar João Dias Ferreira, que acusou o ministro do Esporte, Orlando Silva, de receber propina foi nesta segunda-feira (24) à Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, para apresentar supostas provas que incriminariam o ministro e prestar novo depoimento. Ele chegou por volta das 11h40.
João Dias afirmou que entregará 13 novos arquivos de áudios que não constam no processo e que incriminam assessores do alto escalão do ministério, diretamente relacionados ao ministro Orlando Silva. Segundo o policial militar, não há conversas gravadas de Orlando Silva, mas sim de pessoas próximas a ele.
"Se a reunião é feita no sétimo andar, na secretaria executiva, se a reunião é feita sobre assunto do Segundo Tempo, se a reunião é feita com a cúpula, não tem para onde correr, é diretamente interesse do ministério" disse o policial militar.
João Dias disse ainda que a reunião ocorrida "na calada da noite" no Ministério do Esporte, divulgado na revista "Veja" desta semana, aconteceu com o propósito de cessar a produção de documentos falsos que poderiam prejudicar o projeto com as ONGs. De acordo com ele, estes mesmos documentos falsos deram origem à Operação Shaolin, em 2010, na qual João Dias foi preso.
"Na reunião havia duas pessoas que falam e duas pessoas que não falam. (...) As duas que falam eram Charles [Rocha], (..) e o atual secretário de Esporte Educacional, Fábio Hansen. Sentado assistindo estava o Adson [secretário do ministério do Esporte] e Julio Filgueira, que na época era secretário", disse.
Em nota, o Ministério do Esporte questionou a apresentação da conversa e diz que pedirá à Polícia Federal para incorporar a gravação à investigação em andamento sobre o suposto esquema de desvio.
João Dias disse, ainda, acreditar que "a partir dessa semana, muitos donos de entidades passarão a vir aqui, até porque nenhum deles têm condições de aprovar as contas no Ministério do Esporte".
"Depois que eu não concordei em fazer parte e estou revelando estes fatos, estão sendo produzidos documentos. (...) Quando nós fomos lá [na reunião no ministério) foi para mostrar que nós não temos nada, nada com o que acontece no ministério", disse o policial.
O PM também disse que prestará esclarecimentos a deputados na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (26). João Dias prometeu divulgar, até quarta, oito vídeos que mostrariam um ex-funcionário de instituto negociando delação premiada com autoridades do Distrito Federal em troca de acusações falsas contra João Dias.
Denúncias no Esporte
A presidente Dilma Rousseff decidiu na sexta (21) manter o ministro Orlando Silva no governo apesar de ele ter enfrentado quase uma semana de desgaste político, depois da divulgação da denúncia de que o ministro teria participação em um esquema de desvio de dinheiro público do Segundo Tempo, um programa do federal destinado a promover o esporte em comunidades carentes.
Silva foi acusado pelo policial militar João Dias Ferreira, em reportagem publicada pela revista "Veja" na semana passada, de ter recebido um pacote com notas de R$ 50 e R$ 100 na garagem do ministério.
Durante toda a semana, o ministro negou participação no suposto esquema e afirmou que não há provas contra ele. Em audiência no Senado, disse que a denúncia é uma tentativa de tirá-lo à força do ministério.
Afirmou também que a acusação é uma "reação" à cobrança do ministério, que pede a devolução, por supostas irregularidades, de R$ 3 milhões recebidos pelas ONGs do policial de convênios com o Ministério do Esporte.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Traficante Polegar é entregue a policiais na fronteira, diz PF em MS (Postado por Erick Oliveira)

O traficante Alexander Mendes da Silva, o Polegar, foi expulso do Paraguai nesta sexta-feira (21), dois dias após ter sido preso pela polícia em Pedro Juan Caballero. Polegar chegou nesta sexta-feira (21), em Ponta Porã, a 346 quilômetros de Campo Grande, por volta das 11h15 (horário de Brasília).
Ele foi escoltado por policiais da Secretaria Nacional Antidrogas do Paraguai (Senad) até a fronteira, onde era aguardado por agentes da Polícia Federal que cumpriram um mandado de prisão. O traficante vai embarcar no aeroporto da cidade para o Rio de Janeiro por volta das 12 horas (horário de Brasília).
Polegar foi preso na quarta-feira (19) em um lava-jato da cidade paraguaia, enquanto aguardava a a lavagem de um carro importado. Ele é apontado como chefe do tráfico de drogas no Morro da Mangueira e era um dos criminosos mais procurados do Rio de Janeiro.
Segundo a Polícia Federal, Polegar foi expulso do Paraguai por causa do crime de falsificação de documento. Quando foi flagrado no lava-jato, em Pedro Juan Caballero, ele usava documento em nome de José Targino da Silva Junior.
Caso não tivesse qualquer pendência no Brasil, ele poderia ser liberado, mas já havia sido constatado que havia mandado de prisão expedido pela Justiça do Rio de Janeiro.
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso do Sul (OAB/MS), Leonardo Duarte, explicou que a expulsão é um “ato de soberania” do país e um procedimento muito mais rápido do que a extradição. Duarte disse que, no caso de Polegar, a expulsão foi feita com penalidade, em que ele não pode voltar ao Paraguai.
O traficante deve ser levado para o Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio, segundo a PF. O secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, informou que, tão logo Polegar chegue em solo fluminense, vai pedir que ele seja transferido imediatamente para um presídio de segurança máxima fora do Rio de Janeiro.
Fuga
Polegar é considerado um dos quatro mais importantes chefes do tráfico do Rio que estava foragido. O acusado estava no Conjunto de Favelas do Alemão durante operação de retomada do morro, em dezembro de 2010, mas fugiu.
Condenado a 22 anos por tráfico e associação para o tráfico, Polegar obteve o benefício para o regime aberto após cumprir um sexto da pena na Casa do Albergado Crispim Ventino, em Benfica, na Zona Norte da cidade. Ele deixou o presídio no dia 14 de setembro de 2009 pela porta da frente e não voltou mais.