quinta-feira, 7 de julho de 2016

Nova fase da Lava Jato investiga banco que atuaria ilegalmente

A instituição também comercializaria, ainda de acordo com os investigadores, empresas off-shore que eram registradas na panamenha Mossack Fonseca

© DR
POLÍTICA CAÇA-FANTASMASHÁ 1 HORAPOR FOLHAPRESS 

A POLÍCIA FEDERAL DEFLAGRO A 32ª FASE DA OPERAÇÃO LAVA JATO, CHAMADA DE CAÇA-FANTASMAS, NA MANHÃ DESTA QUINTA-FEIRA (7).

O principal alvo é Edson Paulo Fanton, que seria o responsável pelo FPB Bank, uma instituição bancária do Panamá que atuaria clandestinamente no Brasil. Ele foi conduzido coercitivamente para depor e está sendo ouvido em Santos.
Cerca de 60 policiais federais estão cumprindo dez mandados de busca e apreensão e sete de condução coercitiva em São Bernardo, Santos e São Paulo. Não há prisões.
Segundo a PF, o FPB não tem autorização do Bacen e agia "com o objetivo de movimentar contas em território nacional e, assim, viabilizar o fluxo de valores de origem duvidosa para o exterior, à margem do sistema financeiro nacional".
A instituição também comercializaria, ainda de acordo com os investigadores, empresas off-shore que eram registradas na panamenha Mossack Fonseca, alvo da 22ª fase da Lava Jato e centro do escânda-lo Panama Papers.
Edson Fanton é parente em primeiro grau do delegado da Polícia Federal Mário Renato Castanheira Fanton, que acusou a cúpula de delegados da Operação Lava Jato de irregularidades e coação, como a instalação de um grampo ilegal na cela do doleiro Alberto Youssef.
O delegado, juntamente com um agente da PF, apontados como "dissidentes", foram denunciados por se associarem para ofender a honra dos colegas. Com informações da Folhapress. 

Postado por: Enrique de Mello Albuquerque

sexta-feira, 1 de julho de 2016

PF prende doleiro ligado a Cunha e mira empresa do grupo dono da JBS


Ação desta manhã faz parte da Lava Jato na Procuradoria-Geral da República.

Policiais federais cumpriram nesta sexta-feira mandados em SP, PE e no DF.

Do G1, em Brasília








Polícia Federal deflagrou uma operação na manhã desta sexta-feira (1º) como parte da Lava Jato. Um dos alvos é o  doleiro Lúcio Funaro, que foi preso em São Paulo. Ele é ligado ao presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), segundo delatores da Lava Jato.
Além disso, há mandado de busca e apreensão na Eldorado, braço de celulose da J&F Investimentos, dono da JBS e comandado pela famíla Batista.
A casa de Joesley Batista, presidente do conselho de administração da JBS e diretor-presidente da J&F, também foi alvo de buscas.
Veja os principais alvos desta fase da Lava Jato:
- Lúcio Funaro, doleiro que, segundo delatores, é ligado a Eduardo Cunhax
- Joesley Batista, um dos sócios do grupo J&F
- Eldorado, braço de celulose da J&F Investimentos (a J&F Investimento é dona da JBS e é de propriedade da famíla Batista)
- Milton Lira, lobista
- Cone Multimodal, empresa de infraestrutura industrial e logística multimodal
Os mandados desta etapa da operação foram autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, relator da Lava Jato na corte.
Lúcio Funaro em depoimento à CPI dos Correios, em 2006 (Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo)Lúcio Funaro em depoimento à CPI dos Correios,
em 2006 (Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo)
Também é alvo da operação o lobista Milton Lira. A polícia fez busca e apreensão na casa dele, em Brasília.
A ação desta manhã se baseia nas informações da delação premiada de Fábio Cleto, ex-vice-presidente de Fundos de Governo e Loterias da Caixa Econômica Federal. Cleto também é aliado de Cunha. Outra delação que baseou as ações desta sexta é a de Nelson Mello, ex-diretor da Hypermarcas.
Às autoridades, Cleto relatou que o presidente afastado da Câmara recebeu propina por negócios feitos pelo Fundo de Investimentos do FGTS (FI-FGTS).
G1 tenta contato com a defesa de Lucio Bolonha Funaro.
A JBS divulgou um comunicado aos acionistas no qual afirma que a companhia e seus executivos não são alvo da operação da polícia.
"A JBS comunica a seus acionistas e ao mercado em geral que, em relação às notícias veiculadas na data de hoje pela imprensa, a Companhia, bem como seus executivos, não é alvo e não está relacionada com a operação da Polícia Federal ocorrida na manhã de hoje", afirmou o comunicado.
Em Pernambuco foram cumpridos três mandados de busca e apreensão. Um deles tem como alvo a empresa Cone, em Cabo de Santo Agostinho, na Grande Recife. Os outros dois são cumpridos em apartamentos de luxo na Praia de Boa Viagem, na capital.
Mandados
Ao todo foram cumpridos 19 mandados de busca e apreensão e 1 de prisão preventiva.
No estado de São Paulo, além da prisão, foram 12 buscas e apreensões. No DF, foram 2 buscas e apreensões, assim como no Rio de Janeiro. No Recife, foram 3 mandados de busca e apreensão.
O que disseram os suspeitos
Em nota , a Eldorado confirmou a busca e apreensão nas dependências da empresa em São Paulo e disse que desconhece os motivos da ação policial.
"A Eldorado confirma que a Polícia Federal realizou busca e apreensão em suas dependências em São Paulo na manhã de hoje. A companhia desconhece as razões e o objetivo desta ação e prestou todas as informações solicitadas. A Eldorado sempre atuou de forma transparente e todas as suas atividades são realizadas dentro da legalidade. A companhia se mantém à disposição para prestar quaisquer esclarecimentos adicionais", informou a empresa

http://g1.globo.com/politica/operacao-lava-jato/noticia/2016/07/operacao-tem-mandado-de-prisao-contra-doleiro-ligado-cunha.html


Postado por: Enrique de Mello Albuquerque
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